Escolher o regime tributário ideal é uma das decisões mais importantes para qualquer empresa, como destaca o tributarista Leonardo Siade Manzan. Uma vez que essa escolha afeta diretamente os custos com impostos, o planejamento financeiro e até mesmo a competitividade no mercado. Isto posto, no Brasil, os principais regimes são o Simples Nacional, o Lucro Presumido e o Lucro Real, cada um com suas características, vantagens e desvantagens. Em seguida, vamos entender qual deles se encaixa melhor na sua empresa, garantindo uma gestão mais eficiente e sustentável.
A diferença entre o Simples Nacional e o Lucro Presumido
O Simples Nacional é voltado para micro e pequenas empresas, com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. Segundo o professor doutor Leonardo Siade Manzan, ele reúne diversos tributos em uma única guia e oferece uma alíquota reduzida, o que simplifica a burocracia e facilita a vida do empreendedor. Contudo, pode não ser vantajoso para empresas com alta margem de lucro ou que atuam em setores com alíquotas elevadas dentro das tabelas do regime.
Já o Lucro Presumido é indicado para empresas com faturamento anual de até R$ 78 milhões. Nesse modelo, o lucro é calculado com base em uma estimativa, ou seja, presume-se um percentual fixo sobre o faturamento. O que pode ser bom para negócios que têm lucro acima da média presumida, pois pagam menos impostos. No entanto, esse regime não permite a dedução de despesas operacionais, o que pode ser um problema para empresas com muitos custos.
Quando o Lucro Real se torna a melhor opção?
O Lucro Real é obrigatório para empresas com faturamento acima de R$ 78 milhões, mas também pode ser uma escolha estratégica para negócios menores com margens apertadas ou grandes despesas. Nesse regime, o imposto é calculado com base no lucro real obtido, considerando receitas e despesas. Isso permite um controle mais justo e detalhado dos tributos pagos, além de reduzir a carga fiscal para quem tem muitos gastos dedutíveis.

Todavia, o Lucro Real exige um controle contábil mais rigoroso e uma gestão mais complexa, conforme menciona o tributarista Leonardo Siade Manzan. Dessa forma, é indicado para empresas que já contam com uma boa estrutura de contabilidade e controle financeiro. Então, setores como indústria pesada, serviços de grande porte e empresas com variação grande de receitas podem se beneficiar mais desse modelo.
Quais critérios ajudam a escolher o regime certo?
Em resumo, para tomar a melhor decisão, é importante considerar alguns fatores que influenciam diretamente o impacto tributário na empresa:
- Faturamento anual: o valor que a empresa arrecada em um ano é determinante para enquadramento nos regimes.
- Margem de lucro: negócios com margem alta podem se dar melhor no Lucro Presumido, enquanto margens baixas favorecem o Lucro Real.
- Despesas dedutíveis: empresas com muitos custos operacionais tendem a se beneficiar do Lucro Real.
- Atividade exercida: algumas atividades têm vantagens específicas em determinados regimes, de acordo com as tabelas de alíquotas.
- Capacidade de gestão: regimes como o Lucro Real exigem uma contabilidade mais apurada e organizada.
Esses pontos servem como um guia prático para entender qual regime faz mais sentido para o seu negócio. Portanto, avaliar com cuidado esses critérios é o primeiro passo para uma escolha mais estratégica e vantajosa.
Uma escolha que pode ser sinônimo de economia e sustentabilidade
Em conclusão, a decisão sobre o regime tributário não deve ser tomada apenas com base em simplicidade ou tradição. Segundo o doutor Leonardo Siade Manzan, cada empresa tem particularidades que precisam ser analisadas com calma e atenção. Assim sendo, o ideal é contar com o apoio de um contador experiente, que conheça bem o segmento da sua empresa e possa fazer simulações com base nos dados reais do negócio. Pois, uma escolha bem feita pode representar uma grande economia no longo prazo e contribuir para a sustentabilidade da empresa.
Autor: Tiberios Kirk